O município de Esperantina localiza-se no extremo norte do Estado do Tocantins, entre os rios Araguaia e Tocantins, na área geográfica denominada Bico do Papagaio, entre os paralelos 5º10’06” S e 45º 41’ 46” W, no Bioma Amazônia com área de 504,02 km2, distante 680 km da capital do Estado, Palmas.
Sua povoação começou por volta de 1972, quando chegaram a esta região os senhores Felipe da Silva Ribeiro e Vitoriano da Silva Ribeiro, os quais se agradaram do local e fixaram residência à margem da “Lagoa da Cota”, rodeada de terras férteis e viçosas, devolutas do Estado de Goiás na época.
Com o índice cada vez maior de povoação, passou a ser chamada de “Centro de Pedro Souza”, em homenagem ao primeiro morador, o qual em 1980, já contava com 30 ranchos de palha, próximo a outro pequeno povoado chamado “Centro dos Mulatos” devido à grande quantidade de descendentes de índios e negros que habitavam ali, hoje Vila Tocantins.
Por ser uma região rica em caça, pesca e próspera para agricultura recebeu o nome de Esperança, posteriormente, Esperantina e atraiu moradores de outras regiões – Alagoas, Bahia, Goiás, Maranhão, Pará, Pernambuco e Piauí.
O município foi criado em 05 de outubro de 1989 e instalado em 1º de Janeiro de 1993. Sua emancipação política ocorreu em 10 de fevereiro de 1991, através da Lei Estadual nº 251/91.
Após o desmembramento oficial do município de São Sebastião do Tocantins, Esperantina atingiu um surpreendente desenvolvimento, tendo como primeiro Prefeito o senhor Delmar Alves dos Santos, que administrou de 1993 a 1996.
Hoje, Esperantina conta com uma população de 8.134 habitantes (2007-IBGE) tem como Prefeita a senhora Geneci Perpétua dos Santos Almeida eleita para o exercício 2009/2012.
Festas populares
São várias as manifestações populares realizadas pela região unindo tradições indígenas, culturais brancas e religiosas dos quilombolas, transformando-se num atrativo de grande diversidade e beleza aos olhos dos turistas.
As festas no Tocantins acontecem de março a dezembro em datas móveis. Nos meses de fevereiro a julho acontecem as maiorias festas indígenas da região, principalmente nas aldeias dos índios Xerente, Krahô e Apinajé.
Festa do Boi Bumbá
O boi bumba é uma das variações do bumba meu boi, largamente praticado no Brasil. É uma das mais antigas formas de distração popular que em Esperantina, ocorre em junho.
Foi introduzido no Brasil pelos colonizadores europeus, sendo a primeira expressão de teatro popular brasileiro.
Os personagens do bailado são humanos e animais. Os femininos são representados por homens travestidos. O Capitão é o comandante do espetáculo. Há também Mateus e Catirina, personagens bastante conhecidos que apresentam os bichos, cantam e dançam de forma engraçada, divertindo muito o público. Fazem parte ainda do elenco: Bastião, a pastorinha, a dona do boi, o padre, o doutor, o sacristão, Mané Gostoso, o Fanfarrão, a ema, a burrinha, a cobra, o pinica-pau e ainda os personagens fictícios: o Caipora, o Diabo, o Babau, o morto carregando, o vivo e o Jaraguá.
Festa da Sussa
Esta dança é originária da África e, em Esperantina, é vista e apreciada no Campestre (pequeno povoado a 6 km do centro da cidade). Uma tradição que, infelizmente está aos poucos desaparecendo, porque os jovens descendentes dos remanescentes do quilombo não estão sendo preparados para dar continuidade.
A Sussa normalmente é tocada pelos músicos foliões. Aparentemente é o único gênero musical que permite a presença da mulher como instrumentista – elas tocam a bruaca (espécie de mala rústica de couro e/ou couro e madeira para guardar artefatos durante os deslocamentos em burros). A cantoria tem variações. Tantos homens, quanto mulheres podem cantar. Ela pode ser dançada entre casais, com os corpos se aproximando e se afastando, dando “umbigadas”. Em outros momentos, somente os homens cantam e somente as mulheres dançam. Nesse caso, os volteios são mais constantes, lembrando o candomblé.
Festa de Reis (06/02)
A Folia de Reis comemora o nascimento de Jesus Cristo encenando a visita dos três Reis Magos à gruta de Belém para adorar o Menino-Deus. Dados a respeito desta festa afirmam que a sua origem é portuguesa e tinha um caráter de diversão, era a comemoração do nascimento de Cristo.
No Brasil, a Folia de Reis chega no século XVIII, com caráter mais religioso do que de diversão. No Tocantins, os foliões têm o alferes como responsável pela condução da bandeira, que sai pelo sertão "tirando a folia", ou seja, cantando e colhendo donativos para a reza de Santos Reis, realizada sempre no dia 6 de janeiro.
A Folia de Reis acontece em função de pagamento de promessa pelos devotos e somente à noite. O compromisso pode ser para realizar a folia apenas uma vez ou todos os anos. A folia visita as famílias de amigos e parentes. Os foliões chegam à localidade e se apresentam tocando, cantando e dançando. A família recebe a bandeira, o anfitrião percorre com ela toda a casa, guardando-a em seguida, enquanto aos foliões são servidos bolos, biscoitos e bebidas que os mantêm nas suas andanças pela noite.
Ao se retirarem, o proprietário da casa devolve a bandeira e os foliões agradecem a acolhida, repetindo o gesto da entrada. Quando o dia amanhece, os foliões retornam às suas casas para descansar e, ao anoitecer, retomam as andanças. Quando termina o roteiro da folia, realiza-se a festa de encerramento na residência da pessoa que fez a promessa. Neste momento reza-se o terço, com a presença dos foliões e dos convidados, em frente ao altar ornamentado com flores, toalhas bordadas e a bandeira dos Santos Reis. Em seguida, é servido um jantar com uma mesa especial para os foliões.
A tradição é muito forte. Os mais velhos acreditam serem os Santos Reis os protetores contra a peste, a praga na lavoura e, principalmente, os responsáveis pela prosperidade, pela fartura e por muito dinheiro.
Aniversário da cidade (10/02)
Padroeiro São João Batista (24/06)
Infelismente a cultura de Esperantina está indo por agua abaixo, ha muito ja não se vê o boi bumbar, e muito mais ainda o reisado como é conhecido a festa de reis. Mas infelismente não é só a cultura que está esquecida pois os moradores citado no texto os que aind estão vivos não são lembrados pelo povo desse lugar que não conhece a história de corajem desses homens. Esperantina hoje tem uma festa lembrando a sua fartura que é a festa do cupú devido a grande quantidade de frutas que tinha na região mas até isso hoje está acabndo. os representante politicos que passaram por Esperantina não foram gestores mas sim aproveitadores.
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